Moisés forte à reeleição e esperando pelo MDB

É ou não é....O  governador Carlos Moisés administrou Santa Catarina aos trancos e barrancos por mais de um ano, sem partido. Dizia ele que não queria ser “mandado” por sigla partidária, tanto é que escolheu o PSL , partido nanico na época, o qual foi a sigla escolhida por Bolsonaro para se projetar no país como candidato a presidente e foi nela que Moisés surfou junto com Bolsonaro e se elegeram os dois. Agora, Moisés ingressou no Republicanos, partido pequeno novamente, se comparado aos demais tradicionais, para também concorrer a governador na eleição de outubro e de novo, vai compor o mesmo discurso, que é um candidato nem Bolsonaro e nem Lula, esperando uma terceira via para surfar na onda, a qual terá apoio dos Republicanos ou Moro ou supostamente Eduardo Leite (PSDB).

Já o MDB, teria sido o primeiro partido a puxar Moisés para o seu terreno político, em 2020 já no início do segundo ano de mandato, mas não houve consenso, uma vez que, o partido tem muitos caciques e Moisés teria que respeitar hierarquias. No entanto, Moisés busca o apoio do MDB para sua reeleição e quer desfazer a candidatura de Antídio Lunelli, prefeito de Jaraguá do Sul e para isso está contando com o apoio da deputada Ana Paula da Sila (Paulinha-sem partido) que está tentando fechar as portas para Lunelli no interior do estado. Mas se Antídio aceitar a ser vice ou mesmo o MDB indicar outro nome para compor chapa com Moisés, estará formada a dobradinha Moisés e MDB. Lunelli deu uma arrancada quando seu nome foi anunciado de que concorreria a eleição para governador, mas declinou e Moisés por ter a máquina administrativa na mão, em especial depois do lançamento do Plano Mil de ajuda aos municípios Moisés cresceu e os aumentos de salários para os servidores municipais o ajudaram ainda mais. 

 

Oposição

Por ouro lado, se Moisés ainda não sabe se vai ter o MDB de aliado ou adversário na eleição que se aproxima, pelo menos uma coisa ele sabe, que terá Raimundo Colombo (PSD) como concorrente ao cargo. João Rodrigues, prefeito de Chapecó abriu dianteira com exposições de vídeos em nível nacional no período Covid-19, com a presença do presidente Bolsonaro no seu município por duas ocasiões, mas não tem forças dentro do PSD para bater de frente com Colombo nas convenções do partido que se realizarão em julho. A janela partidária para políticos trocarem de partido é em abril e João Rodrigues deve buscar outra guarida para se abrigar.

 

Senador Jorginho Mello (PL) aparece como o principal candidato apoiado por Bolsonaro no Estado e se João Rodrigues sair do PSD e vier compor chapa com Jorginho, Bolsonaro agradeceria. As negociações de bastidores são essas.

 

Outro que deve trocar de sigla é o senador Dario Berger, hoje no MDB mas com tratativa de ingressar no PSB e fazer uma dobradinha, talvez, com Décio Lima do PT para dar palanque político em Santa Catarina para Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. A incógnita fica por conta de Gelson Merísio (sem partido) que foi o segundo colocado na eleição passada para governador catarinense e está mordido com Moisés querendo uma revanche. Merísio deixou o PSD porque Colombo era o cacique maior, foi para o PSDB mas não conseguiu se projetar internamente e está acenando para todos, tipo laranja madura na feira.Quem fizer a proposta melhor leva e Merísio tem uma queda por  ideias compartilhadas pelo presidenciável, Ciro Gomes (PDT) que também quer palanque político no estado e para isso precisa de um candidato a governador.

 

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