05/07/2021 as 17:34 | por Redação/assessoria |
Na sexta-feira, um levantamento do Ministério da Saúde (MS) trouxe preocupação para os brasileiros, em especial para os gaúchos. Segundo informações da pasta, cerca de 26 mil doses da vacina Astrazeneca contra a Covid-19 foram aplicadas fora da validade na população. As doses já vencidas correspondem aos lotes 4120Z001 (vencido em 29 de março), 4120Z004 (vencido em 13 de abril), 4120Z005 (vencido em 14 de abril), CTMAV501 (vencido em 30 de abril), CTMAV505, CTMAV506 e CTMAV520 (os três vencidos em 31 de maio) e 4120Z025 (vencido em 4 de junho). O levantamento ainda aponta que estas doses também chegaram ao Rio Grande do Sul. Estima-se que até 1,5 mil gaúchos foram imunizados com doses vencidas, portanto, sem eficácia.
Os lotes vencidos também foram aplicados na Zona Sul. Na região, três cidades as doses fora do prazo de validade: Jaguarão, Capão do Leão e Candiota. Outras cidades mais próximas como Bagé e Camaquã também estão na lista.
Segundo as informações do governo federal, uma dose do lote 4120Z005 - que corresponde a 70% das doses aplicadas fora do prazo no país e que venceu no dia 14 de abril -, foi aplicada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Darcy Amauri Ribeiro, em Jaguarão. Em pronunciamento, a prefeitura municipal afirmou não ter sido notificada que o lote estava vencido e reforçou que as doses são utilizadas assim que chegam à cidade. O município ainda declarou que não possui vacinas em estoque e que não há informações de que lotes vencidos estejam sendo encaminhados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Em Candiota, quatro doses com data já expirada foram aplicadas. Assim como a dose aplicada em Jaguarão, elas também pertencem ao lote 4120Z005. Todas elas foram recebidas por pacientes no Posto de Saúde João Emílio. Sobre o caso, a SMS negou que tenha aplicado doses vencidas na população e acusa o governo federal de ter cometido um erro em seu sistema. "Até agora, vimos no sistema do Ministério que foram quatro doses. Porém, o lote não chegou vencido. As doses eram referentes aos primeiros lotes de Astrazeneca, que utilizamos assim que chegou. Ainda estávamos vacinando o grupo prioritário naquela oportunidade. O Ministério da Saúde demorou a lançar no sistema e, quando o fez, acabou ficando fora do prazo. Mas não estava vencida quando aplicamos", explicou o secretário municipal de saúde de Candiota, Fabrício Moraes.
No Capão do Leão, a dose aplicada fora do prazo também pertence ao lote 4120Z005. Ela foi ministrada na Unidade Básica de Saúde Central do Município. A SMS não quis se manifestar sobre os apontamentos realizados no levantamento do ministério.
Fonte Ministério da Saúde/Diário Popular/RS