11/04/2022 as 09:40 | por Redação |
A empreiteira maranhense Engefort, segundo a Folha de S. Paulo, tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios.
Com sede em Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, a construtora “explodiu em verbas na atual gestão e sob Bolsonaro foge de sua tradição ao obter também contratos para asfaltamento longe de sua base”. Como foi possível? Nem os donos da construtora informam, nem o governo federal.
Até agora, o governo reservou cerca de R$ 620 milhões do Orçamento para pagamentos à empresa. O valor total já quitado a ela soma R$ 84,6 milhões. A fonte de recursos da Engefort são contratos com a Codevasf, estatal federal entregue por Bolsonaro ao Centrão em troca de apoio político.
No ano passado, a empresa liderou os repasses da Codevasf. Também em 2021, foi a segunda construtora em volumes totais empenhados pelo governo federal, atrás da LCM Construção, que acumulou R$ 843 milhões em verbas reservadas. Bolsonaro costuma dizer que seu governo é o mais honesto da história.
A Engefort foi a única empreiteira que participou de todas essas licitações no Distrito Federal e nos 15 estados abrangidos pela Codevasf. A empreiteira ganhou 53 concorrências, ou mais da metade dos pregões. O desempenho mais expressivo foi em Minas Gerais, tendo conquistado 28 de 42 licitações.
Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que, com o aval do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, controlado também pelo Centrão, deputados ‘vendem’ a ideia de que conseguiram recursos para colégios e creches, com promessas de construção de novas unidades sem garantias orçamentárias.
É o escândalo das “escolas fakes”. Falta dinheiro para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos pelo país. Mas o Ministério da Educação autorizou a construção de mais 2 mil escolas sem a garantia de que haverá dinheiro para tal. Ciro Nogueira (PP-PI), chefe da Casa Civil e um dos líderes do Centrão, balança no cargo.
A empreiteira Engefort, construtora com sede em Imperatriz, sul do Maranhão, tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Jair Bolsonaro. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, em diferentes licitações a construtora participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios.
Na atual gestão, a empresa explodiu em verbas recebidas pelo governo federal e obteve também contratos para asfaltamento longe de sua base.
Até agora, o governo reservou cerca de R$ 620 milhões do Orçamento para pagamentos à empresa — o valor total já quitado a ela soma R$ 84,6 milhões. A empresa, porém, não fornece informações sobre seus contratos e a firma de fachada usada nas concorrências.
Mais sobre o assunto
Segundo o jornal, a fonte de recursos da Engefort são verbas das emendas parlamentares e contratos com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), pasta comandada até o mês passado por Rogério Marinho (PL).
A Codevasf foi entregue por Bolsonaro ao Centrão, grupo coordenado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), em troca de apoio político no Congresso.
A Codevasf não respondeu ao ser questionada sobre os contratos com a Engefort.