02/10/2015 as 13:09:16 | por RDNEWS |
A secretaria de estado das Cidades (Secid) notificou o Consórcio VLT para que inicie, em 48h, os reparos dos canteiros de obras em Cuiabá e Várzea Grande. Entre as ações estão as de segurança, limpeza e manutenção nas áreas que contam com construções já iniciadas.
De acordo com relatório elaborado pela secretaria adjunta de Obras da Baixada Cuiabana, foram constatadas diversas irregularidades que infringem normativas técnicas e também do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Dentre os principais problemas estão a falta de manutenção, isolação das áreas e ausência de segurança.
Também foi apontada no documento a inexistência de sinalização viária vertical e horizontal provisória, além da não execução de meio-fio, sarjeta, calçadas e áreas para acessibilidade. O relatório destaca soluções para que as irregularidades sejam sanadas.
De acordo com o titular da Secid, Eduardo Chiletto, o não cumprimento da notificação resultará em multa ao consórcio. Ele também explica que, além do início dos reparos, a secretaria também aguarda a apresentação de cronograma de recuperação dos serviços a serem executados e da manutenção nas áreas de Cuiabá e Várzea Grande, conforme estão previstos no contrato 037/2012.
“Este cronograma auxiliará o Estado no acompanhamento dos trabalhos de recuperação e manutenção das áreas que já contam com obras”, reforça Chiletto.
Gilberto Leite/Rdnews
COT do Barra do Pari está abandonado há meses e já foi alvo de vândalos
COT UFMT e do Pari
Os consórcios das obras dos Centros Oficiais de Treinamento (COTs) da UFMT (Cuiabá) e do Barra do Pari (Várzea Grande) também foram notificados e no prazo de 48h deverão iniciar os reparos e manutenção dos canteiros.
Conforme relatório, na área do COT UFMT foi verificada ausência do sistema de sinalização de segurança, falta de manutenção do gramado do campo de futebol, além de ter ficado evidenciada a subtração de fiação das torres de iluminação já instaladas na obra.
Os técnicos também verificaram a presença de água junto às caixas do sistema de energia, o que pode ocasionar acidentes causados por descargas elétricas.
Em Várzea Grande, a ausência de segurança no local resultou em casos de vandalismo. Também as paredes e forros de gesso estão deteriorando, assim como o gramado segue sem manutenção preventiva, corretiva e de irrigação.
Histórico
O VLT deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá. Entretanto, os sucessivos atrasos levaram o governo a fazer um aditivo prevendo o término para 31 de dezembro do mesmo ano. Mas, as obras foram paralisadas antes mesmo deste prazo. A nova gestão do Estado discute a questão na Justiça, visto que o consórcio construtor cobra, pelo menos, R$ 800 milhões para a finalização da obra.
O consórcio VLT Cuiabá venceu a licitação realizada na modalidade do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), modalidade que não permite aditivos, por R$ 1,4 bilhão, sendo que já foi pago R$ 1,066 bilhão.
Em agosto de 2015, o Governo de Mato Grosso iniciou um processo licitatório para contratação de empresa de consultoria especializada que definirá a viabilidade financeira do modal, o cronograma de término de obras, a estimativa de demandas de operação durante os próximos 20 anos, uma proposta de integração do modal à matriz de transporte de Cuiabá e Várzea Grande, bem como o cronograma de desembolso do Estado para implantação do VLT. (Com Assessoria)