
O Presídio Regional de Mafra, no Planalto Norte de Santa Catarina, suspendeu as visitas físicas entre detentos e familiares desde o começo da pandemia do Covid-19, em março de 2020. Uma decisão anterior da Secretaria Estadual de Segurança Pública em dezembro de 2019, proibia o procedimento de revista íntima em todas as unidades prisionais do Estado, sendo assim, cerca de 20 familiares de detentos se acharam no direito de protestar nesta manhã de terça-feira, enfrente ao Presídio de Mafra. Eles se queixavam que não estavam tendo contato físico com seus parentes presos, só por parlatórios – onde o apenado conversa com o familiar por um telefone – e pelo período de 30 minutos, decisão esta proibitiva desde que o administrador anterior do presídio, Helton Neumann Leal, baixou essa portaria alegando que o presídio ainda não possuia o sistema de escâner corporal, e que o fim das revistas possibilitaria que muitos objetos ilícitos entrassem na unidade carcerária. Somado à estas proibições de contato físico, a pandemia por novo coronavírus em março de 2020 agravou ainda mais a situação de distanciamento físico entre os detentos e seus familiares e amigos, acarretando numa comunicação através de e-mails, visita virtual por celular e videoconferências.
A direção do presídio comunicou que, lamenta as restrições às visitas, mas que o momento de pandemia exige regras rigorosas para que o vírus não se dissimule no presídio e que não mudará as regras até que a pandemia tenha acabado ou que a Secretaria Estadual de Segurança Pública determine a volta das visitas presenciais.
Nos cartazes que manifestantes tinham em mãos havia citações como :
-Preso também é ser humano !
-Se toda alegreia é passagerira, nenhum sofrimento será eterno !
-Atenção na sáude o preso !
-Preso esquecuido pelo Estado !